quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Executivos brasileiros ainda acham arriscado investir em redes sociais


Executivos brasileiros ainda acham arriscado investir em redes sociais

Estudo aponta nove passos para as empresas minimizarem o lado negativo e terem sucesso na estratégia. Marcas devem utilizar canais como fator de negócio

O Brasil é reconhecido como um dos países mais sociáveis do mundo e reflete isto sendo uma grande potência nas mídias sociais. As marcas nacionais, no entanto, não se igualam à média global na questão de como utilizar as plataformas da melhor maneira para atingir o consumidor online. Um estudo da Forbes em parceria com a agência de Relações Públicas Weber Shandwick mostrou que os executivos brasileiros ainda veem mais riscos do que ganhos nas mídias sociais e criou um guia com nove passos para que as empresas obtenham sucesso na estratégia de sociabilidade.
A pesquisa entrevistou 1.897 profissionais de 50 países, incluindo o Brasil, e concluiu que a maioria das empresas brasileiras ainda trata as redes sociais como uma ferramenta de ativação e não como fator de negócio. No mundo, em geral, a área já é utilizada para que as empresas entendam seu produto ou serviço na sociedade.
Uma das amostras da dificuldade das marcas nacionais em lidarem com a sociabilidade é que os executivos brasileiros ainda têm um pé atrás sobre os ganhos do investimento. Para 41% dos entrevistados do Brasil, os riscos de apostar nas plataformas são maiores que os ganhos, contra 23% que acham o mesmo globalmente. Na média mundial, 54% acreditam que os ganhos são maiores que os riscos, contra 39% dos brasileiros.
“Ainda existe um receio das mídias sociais no Brasil. Aqui se criou um mito de que as redes só servem para fazer entretenimento e humor, o que restringe o público. Nas empresas globais elas são tratadas seriamente, como algo que agrega valor ao negócio e não apenas para ativar produtos”, diz Everton Schultz, Diretor de Mídias Sociais da Weber Shandwick, em entrevista ao Mundo do Marketing.

  • Engajamento é fator menos importante
Outro ponto que demonstra que as redes sociais ainda não têm todo seu potencial aproveitado é a importância que as empresas dão para elas em relação à reputação da marca. Para 64% dos executivos brasileiros a qualidade do atendimento ao cliente é o mais importante, seguida por qualidade da marca (60%) e dos talentos (51%). O engajamento online fica em último lugar, com 47%.
“Quando vemos que o atendimento ao consumidor é mais importante para as empresas do que o engajamento online fica claro que as redes sociais não são vistas como fator de negócio, já que a maior parte do atendimento hoje em dia é realizada na internet. Um item está diretamente associado ao outro e, se as empresas não percebem isso, elas ainda não dão a importância certa às plataformas”, diz Schultz.
  • Nove passos da sociabilidade
Com base nos resultados, o estudo criou nove passos para guiar as marcas na busca pela sociabilidade e no melhor uso das plataformas. O primeiro é a questão da mensagem, que deve ser tão importante quanto a presença em um canal. Um ponto positivo para o Brasil é que as marcas brasileiras estão à frente das globais na criação de conteúdos específicos para as redes sociais, com 36% contra 28%.
“O fato de termos um bom resultado em relação ao conteúdo específico para as mídias sociais mostra que estamos atentos à realidade do nosso público, já que os brasileiros usam muito as redes sociais. O ponto mais importante, no entanto, é se este conteúdo é relevante”, diz Schultz.
Para atingir a relevância é preciso especificar ainda mais. Em primeiro lugar, deve-se identificar uma audiência qualificada, diretamente associada ao negócio da empresa, para criar a interação. Também é importante construir um projeto editorial para cada mídia, sem copiar informações do Twitter para o Facebook, por exemplo. Já o principal ponto, e mais desafiador, é ir além dos concursos, eventos e da notícia broadcasting, puramente de divulgação. O ideal é dizer algo interessante para a sociedade e sobre os assuntos atuais, e não apenas sobre a empresa.
  • Coloque sua marca em movimento
A segunda dica é espalhar a presença da marca pelas redes sociais, utilizando o maior número possível de canais, mas sempre com um plano definido por trás. Neste caso, a presença brasileira está bem próxima dos resultados globais, mostrando novamente que a questão não é estar nas plataformas, mas sim o conteúdo gerado. O Twitter obtém um destaque no país, com 64% de uso contra 58% das respostas globais.
“O Twitter teve um grande boom no Brasil, até pela facilidade de criar um perfil da empresa no canal. Mas este número pode não mostrar a realidade, já que várias marcas acabam deixando seus perfis desatualizados. Houve uma corrida para se estar presente no Twitter, mas muitos não identificaram quem querem atingir ou o que falar para os seguidores”, afirma Schultz.
Um ponto menos dominado pelo Brasil é a atuação das marcas em aplicativos móveis: o resultado foi de 48% de presença contra 54% das globais. “O receio em relação ao retorno sobre o investimento no mobile é muito grande no Brasil. Inclusive porque ainda é arriscado apostar nos aplicativos, já que a banda larga é ruim e os smartphones são caros, atingindo pouca gente. Analisando o mercado, podemos apostar que esta realidade mudará em breve. Com os incentivos do governo, a banda deve melhorar e muito em breve os aparelhos terão uma grande queda de preços. Tenho certeza de que, se fizéssemos esta pesquisa daqui a dois meses, a resposta seria diferente”, afirma Schultz.
  • Integre ou morra
Para evoluir na gestão de reputação da marca, as empresas devem principalmente integrar o trabalho com as mídias sociais a todas as áreas, e não restringi-las a apenas um departamento da empresa. O estudo mostrou que já existe uma importância em relação a este ponto, já que 69% dos executivos brasileiros afirmaram que a estratégia é parte do planejamento geral de Comunicação e Marketing.
O próximo desafio, e a terceira dica, é que as empresas levem as mídias sociais à organização como um todo, para além destas duas áreas. “Ainda existe um longo caminho à frente em relação à integração. É preciso que a estratégia esteja na base do plano de negócios e que permeie toda a empresa. Para evoluir, devemos parar de pensar nas mídias sociais apenas como uma ferramenta de Marketing e vê-las como parte integrante do negócio”, diz Schultz.
O quarto ponto proposto pelo estudo reforça a importância de estruturar internamente a companhia para trabalhar com as mídias sociais. É preciso integrar, mas também é importante designar um núcleo que trabalhe diretamente com os canais e coloque o social no centro.  Neste quesito, o Brasil teve um resultado positivo. Mais da metade dos executivos brasileiros (51%) respondeu que a gestão interna das mídias sociais é coordenada por um departamento e 76% afirmaram que a marca tem um estrategista ou gerente de mídias sociais.
  • Ouça mais, fale menos
O quinto ponto é que as marcas aprendam com o conteúdo e levem este aprendizado a uma ação para melhorar seus produtos ou serviços.  É importante publicar, mas monitorar é mais ainda. “É preciso dar a importância correta às mídias sociais e correr alguns riscos. A estratégia está acertada quando uma empresa percebe uma demanda nas redes e leva para uma ação, como modificar um produto ou um serviço”, diz Schultz.
Segundo o levantamento, 43% dos executivos brasileiros pesquisam e monitoram seus perfis para saber o que os clientes esperam da marca, contra 30% da média global. Em relação a mudanças, 37% afirmaram que já realizaram alterações em algum produto ou serviço baseadas em comentários nas mídias sociais, contra 26% no geral, e 33% dos brasileiros já mudaram uma mensagem da marca a partir de atitudes percebidas na internet, número também mais alto do que a média global, de 27%.
O sexto passo é a mensuração da estratégia. Dos executivos brasileiros, 100% responderam que medem a efetividade das mídias sociais, contra 98% a nível global. “Se uma empresa realiza alguma ação ela tem números. O fato de todos os executivos terem afirmado que medem a efetividade da estratégia nas mídias sociais não é necessariamente um sucesso. O que se faz com estes números, qual a relevância do número de likes?”, provoca Schultz. O número de likes é realmente o principal método utilizado para medir as iniciativas nas redes, com 40% das respostas. Em segundo lugar, com 39%, está a quantidade de fãs.
  • Pense global
O sétimo ponto que o estudo sugere é que é mais importante pensar globalmente, em relação a ações nas mídias, do que localmente. Este fator ainda não adquiriu importância para os brasileiros, que o consideram o menos significativo.
O tema do oitavo passo é o mesmo: conte com o apoio de fora. Neste caso, tanto as empresas nacionais quanto as internacionais têm pouca ajuda de fora na gestão das mídias sociais. Apenas 27% dos brasileiros e 25% dos globais usam um fornecedor externo para medir a efetividade.
Por último, a dica para as marcas é que estejam alertas para mudanças nas redes sociais como um todo. Em relação ao Facebook, as questões de privacidade são as principais preocupações para 39% no Brasil e 31% no mundo. Outro ponto é saber gerenciar uma crise e responder a críticas negativas. “Nacionalmente, temos o costume de usar as redes sociais de maneira agressiva, muito para reclamar das empresas. É preciso estar preparado para ouvir, analisar, responder e melhorar”, diz Schultz.

Globo garante as Copas de 2018 e 2022


Globo garante as Copas de 2018 e 2022

Parceria entre a entidade de futebol e a emissora foi estendida para os Mundiais da Rússia e do Qatar



Seleção espanhola celebra o título do Mundial de 2010, disputado na África do Sul; próximos torneios continuam sendo exibidos na tela da Globo.
A Fifa anunciou nesta terça-feira, 28, que a TV Globo adquiriu os direitos de transmissão de mais duas Copas do Mundo. De acordo com o comunicado, a emissora estendeu sua parceria para transmitir, na TV Aberta, os Mundiais de 2018 (da Rússia) e de 2022 (no Qatar).

O acordo entre a Fifa e a Globo vale para todos a cobertura e transmissão (em TV Aberta, fechada, mobile e internet), para todo o Brasil. Parceiros desde a Copa de 1970, a Globo e a Fifa demonstram satisfação com a parceria. No comunicado, o secretário geral da entidade, Jérôme Valcke, relata que o forte alcance da Globo em território nacional contou muito para a renovação da parceria. Além disso, a Fifa destaca a importância estratégica da emissora na realização e divulgação da Copa do Mundo do Brasil, em 2014.

A Central Globo de Comunicação também já oficializou a parceria ao mercado, mencionando que, pelo fato de deter os direitos das próximas Copas do Mundo com exclusividade, a Globo fica livre para negociá-los os repassa-los a outras emissoras. Para 2014, a emissora já fechou um acordo de parceria de transmissão com a Band – com quem, tradicionalmente, costuma compartilhar as transmissões dos principais torneios de futebol do Brasil. Além do Mundial, a Band também terá o direito de exibir a Copa das Confederações, em 2013 (veja aqui).

Com a antecipada renovação da parceria com a Fifa, a Globo já se garante no principal torneio de futebol do mundo dos próximos anos, vetando assim a intenção das concorrentes em brigar pelos direitos de transmissão. Nos últimos anos, a Record chegou a manifestar claramente e por diversas vezes que tinha um grande interesse em brigar para trazer a Copa do Mundo para sua grade. 

Circulação de semanais cai 1,5% em 2011


Circulação de semanais cai 1,5% em 2011

Revistas semanais enfrentam queda de circulação em assinaturas e em vendas avulsas, informa IVC


A circulação média das revistas semanais caiu 1,5% entre os anos de 2010 e 2011. Números do Instituto Verificador de Circulação (IVC) apontam que a queda ocorreu em todos os setores e perfis editoriais, com apenas algumas exceções. O número é diferente do setor entre os anos de 2009 e 2010, quando a circulação das semanais cresceu 3,83%.

As baixas na circulação atingiram tanto as assinaturas, que caíram 0,4%, quanto a venda avulsa, com queda de 2,66%. A retração também não diferenciou revistas de até R$ 5 (que caíram 1,28%) e com preço de capa maior que R$ 5 (queda de 1,55%).
As maiores altas de circulação foram da revista Super Novelas (9,3%), Contigo (7,8%) e Caras (3,0%). As maiores quedas foram da Conta Mais (-37,8%), Super TV (-29,3%) e Recreio (-24,5%). 

De acordo com Pedro Martins Silva, presidente executivo do IVC, “não há um padrão ou apenas um setor que tenha subido ou caído” e o comportamento das semanais em 2011 deve ser avaliado de forma particular, já que alguns títulos foram mais bem sucedidos que outros. 
  • Semanais de informação 

As quatro revistas semanais de informação – Veja, Época, IstoÉ e Carta Capital – também enfrentaram menos circulação paga em 2011. Carta Capital sofreu queda de 9,4% na circulação, IstoÉ caiu 2,6%; a Época, 2,3% e a Veja, 1,1%. Silva ressalta que, neste caso, o mercado absorveu a presença dos tablets de forma inicial e ainda não capitalizou plenamente o acesso dos usuários, já que 2011 foi um ano de experimentação, tanto pelos editores quando pelos leitores. Para Silva, em 2011 destacaram-se como elementos de mudança nos hábitos de leitura o aumento da banda larga no País, a busca por novas formatações do conteúdo online e a presença dos dispositivos móveis. Silva lembra, no entanto, que o desempenho das semanais também foi inferior à média do mercado geral de revistas nos anos anteriores.

SBT prepara seu Carrossel tupiniquim


SBT prepara seu Carrossel tupiniquim

Versão nacional de uma das novelas mexicanas de maior sucesso no País no início dos anos 90 entra no ar em maio


Atores gravam as cenas da novela, que entra no ar em maio.
Os nomes e até as aparências são os mesmos. A famosa Escola Mundial, também. Mas o jeitinho brasileiro a modernidade da segunda década do século XXI prometem fazer do novo Carrossel uma novela bastante diferente daquela exibida no Brasil no início da década de 90.
Com estreia prevista para o mês de maio na grade do SBT, a trama foi escrita por Íris Abravanel e vem sendo comandada por Ronaldo Boury, diretor geral de dramaturgia da casa. A ideia é aproveitar o grande sucesso do passado para contar uma nova história de amizade entre os alunos e a professora Helena e, com isso, cativar a audiência do horário nobre.
Além de conquistar a audiência, a expectativa do SBT também é fazer com que a novela agrade aos anunciantes que queiram exibir seus produtos e serviços ao universo infantil. Algumas marcas, como a Mattel, já chegaram a gravar cenas, com ações comerciais de seus produtos na trama.
A reportagem da TV Meio & Mensagem visitou um dia de gravação da novela e conversou com o diretor e com os atores mirins que compõem o elenco. Confira a matéria:  

Meu Primeiro Gradiente inspira volta da empresa ao mercado


Meu Primeiro Gradiente inspira volta da empresa ao 

mercado

Gradiente aposta em linha de produtos para público infanto-juvenil
São Paulo – A Gradiente vai investir nas crianças e adolescentes em sua volta ao mercado. A empresa, que pretende retomar suas atividades em abril, deve lançar uma linha de aparelhos digitais para o público infanto-juvenil.
No final de janeiro, a Companhia Brasileira de Tecnologia Digital (CBTD), arrendatária da Gradiente, pediu a certificação no Inmetro de um produto para essa faixa etária, no qual as crianças podem tirar fotos e editá-las. A solicitação ao Inmetro é o sinal mais concreto, até o momento, do interesse da companhia nesse mercado.   

Segundo uma pessoa próxima à empresa ouvida por EXAME.com, a linha batizada de “Meu Primeiro Gradiente”, que faz menção ao gravador infantil desenvolvido pela companhia na década de 80, terá diversos produtos para esse público, como câmeras, aparelho de DVD e TV.

“A companhia detectou que no Brasil há uma grande carência de produtos digitais para o público infantil, por isso resolveu investir nesse mercado”, disse a fonte, que prefere não ser identificada. 

Outras apostas

Além dos produtos para crianças, a Gradiente deve apostar em um novo segmento: o de informática. A princípio, a companhia vai focar no desenvolvimento de notebooks e tablets, com o intuito de se diferenciar das demais companhias. O carro-chefe da empresa continua sendo o segmento de eletroeletrônicos, principal ramo de atuação da companhia.

Dentre as apostas, está a produção de tablets. A CBTD planeja produzir 30.000 unidades neste primeiro momento e ir aumentando a produção nos próximos anos. Em 2013, a produção total pode chegar a 120.000 unidades, quatro vezes maior que no primeiro ano de produção, segundo documento enviado à Secretária de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico do Amazonas (Seplan).

Desde o ano passado, a Gradiente já está em operação e caminha para se consolidar como uma empresa completa. No início de janeiro, Eugênio Staub, presidente do conselho da IGB Eletrônica, companhia que detém os direitos da marca, assumiu um compromisso e afirmou que os novos produtos da Gradiente chegarão ao mercado em abril deste ano.

Marilan não deve ser vendida


Marilan não deve ser vendida

Família Garla permanece no controle da Marilan, que agora tentará renegociar uma dívida estimada entre R$ 80 milhões e R$ 90 milhões



Marilan acumula prejuízo de R$ 12,8 milhões entre 2008 e 2010
Os biscoitos Marilan devem permanecer sob o controle da sua fundadora, a família Garla, que desde o fim do ano passado vinha negociando uma suposta venda para a PepsiCo, Bunge ou Campbell. A única brasileira no páreo era a líder do setor, a M. Dias Branco, que teve a sua proposta de R$ 495 milhões negada pela Marilan, que queria receber algo entre R$ 600 milhões e R$ 800 milhões, mesmo patamar de preço que a PepsiCo pagou pela Mabel (R$ 600 milhões), numa operação também realizada no fim de 2011. A decisão foi anunciada por meio de um comunicado enviado pelo presidente da companhia, José Rubis Garla, aos funcionários da empresa.
De acordo com informações do Jornal Valor Econômico, PepsiCo e Bunge foram as que mais avançaram no processo de “due diligence”. Agora, para garantir os planos orçamentários da Marilan até 2013, José Rubis Garla pretende acertar com os bancos o prolongamento de uma dívida estimada entre R$ 80 milhões e R$ 90 milhões, além de aumentar o capital de giro da companhia em R$ 50 milhões. Com 2,2 mil funcionários e uma fábrica na sua cidade de origem, a Marilan viu as suas vendas líquidas caírem de R$ 418,5 milhões em 2008, com lucro de R$ 3,7 milhões, para R$ 380,9 milhões em 2010, um prejuízo acumulado de R$ 12,8 milhões.
O mercado de biscoitos é hoje liderado pela M. Dias Branco (23,4%), seguida pela Nestlé (9%) e Kraft (7,3%). O quarto lugar é justamente da Marilan, que fica quase empatada com a Bauducco (6,4%), marca pertencente à Pandurata Alimentos, além da Arcor (6,3%) e Mabel (6,1%). De acordo com a Associação Nacional das Indústrias de Biscoitos (Anib), o crescimento do setor não passa dos 3% ao ano, o equivalente a vendas da ordem de R$ 6,8 bilhões no ano passado, mesmo cenário projetado também para 2012.

Internet e e-commerce crescem em janeiro


Internet e e-commerce crescem em janeiro

A primeira expandiu 2% no mês e o segundo, 32% nos 15 primeiros dias do ano

Saldões levaram e-commerce a registrar vendas de R$ 1,05 bilhão nos primeiros quinze dias do ano.

Os primeiros resultados da internet brasileira e do comércio eletrônico em 2012 começaram a ser divulgados nesta segunda-feira, 27. O Ibope Nielsen Online afirmou que em janeiro a internet brasileira voltou a crescer. O índice foi de 2% em relação ao mês anterior e de 11,2% sobre os 42, 7 milhões de usuários ativos em janeiro de 2011 (de 63,5 milhões de pessoas com acesso em casa ou no trabalho, 47,5 milhões foram usuários ativos em janeiro).
O uso residencial foi o que puxou o crescimento. De janeiro de 2011 a janeiro deste ano, os usuários domiciliares ativos passaram de 34,2 milhões para 39 milhões, 14% maior. O total de brasileiros com acesso foi de 78,5 milhões no terceiro trimestre de 2011. Os sites governamentais foram a categoria que registrou o maior número de usuários únicos, saltando de 22,3 milhões para 25,3 milhões em janeiro. A evolução de 13% é explicada pela maior procura em sites como o do Enem e do Prouni, assim como por informações relativas a tributos. Comparando com janeiro de 2011, o maior crescimento percentual de usuários únicos ficou em Automóveis (27%), seguido por Viagens (22%).
Já a publicidade também começou aquecida. Em janeiro foram mais de seis mil campanhas de 2.124 anunciantes. Os números são 39% maiores em relação a janeiro de 2011. O Ibope Nielsen Online afirma, ainda, que as peças publicitárias em formato display foram mais de 20 mil, representando aumento de 69% sobre o período equivalente de 2011.
E-commerce
E essa publicidade parece estar funcionando. Isto porque o eBit, por sua vez, divulgou que o crescimento do comércio eletrônico foi de 32% nos primeiros quinze dias de 2012, movimentando R$ 1,05 bilhão. No período equivalente em 2011, o montante ficou em R$ 802 milhões.

Neste caso, o bom desempenho foi atribuído aos saldões de ofertas da primeira quinzena do ano. Durante esse período, foram realizados 2,78 milhões de pedidos, configurando ticket médio de R$ 379.
Por fim, as compras coletivas movimentaram em janeiro R$ 98, 2 milhões e fizeram os consumidores economizarem R$ 186 milhões. Os dados são do InfoSaveMe, serviço do agregador de ofertas SaveMe, em parceria com o eBit.
O valor movimentado pelas compras coletivas em janeiro de 2012 significaram crescimento de 7,5% sobre o período equivalente em 2011. Foram comercializados 2,1 milhões de cupons, de 12,624 ofertas, com ticket médio de R$ 46,37. Segundo o estudo, a categoria com maior faturamento foi a de Hotel e Viagens (34% do total), seguida por Produtos (20%) e serviços de Saúde e Beleza (18%). Quanto às categorias com menor ticket médio, a liderança em volume de cupons vendidos ficou com os Restaurantes (31%), seguida de serviços de Saúde e Beleza (19%) e Entretenimento (18%).
 

Brasileiro está mais desconfiado


 Brasileiro está mais desconfiado

China ultrapassa o Brasil no ranking de confiança global realizado pela Edelman


A China desbancou o Brasil da liderança do ranking de confiança na economia do país. O segundo lugar é da Índia, seguida do México e da Argentina. A nação de Dilma Roussef aparece agora em 12º lugar, queda provocada especialmente pela diminuição da confiança no governo, que apresentou um recuo de 53 pontos percentuais, para 32%. A credibilidade das ONGS também caiu 31 pontos, para 49%. Já a mídia registrou uma redução mais amena, de 12 pontos, para 61%.
A maior alta foi verificada entre as empresas privadas, cuja confiança está presente em 63% das 5,6 mil pessoas que foram entrevistados pela agência de relações públicas Edelman em 25 países para a composição do relatório. O estudo, antecipado ao jornal Folha de S. Paulo na edição dessa terça-feira, 28, traz ainda o índice de confiabilidade entre os setores produtivos do país.
A área de tecnologia encabeça a lista, com uma redução de apenas sete pontos, o equivalente a um índice de 86%, enquanto o de telecomunicações despencou 35 pontos, para 55%, e o de energia caiu 25 pontos, para 67%. A pesquisa será oficialmente lançada no próximo dia 7 de março.

PepsiCo faz nova tentativa com Pepsi Next


PepsiCo faz nova tentativa com Pepsi Next

Refrigerante com apelo saudável é a próxima promessa da PepsiCo na tentativa de recuperar seus resultados

Pepsi Next ainda não tem previsão para chegar ao BrasilCrédito
O próximo passo da PepsiCo para tentar recuperar seus resultados ao redor do mundo é o lançamento da Pepsi Next, refrigerante da linha Pepsi Cola com menos açúcar e 60 calorias por lata, metade da versão tradicional. A bebida, que deve chegar até o fim de março nos Estados Unidos, fortalece a atuação da marca no segmento de produtos com apelo saudável, um dos principais focos da companhia hoje.
De acordo com informações da Associated Press, a intenção da PepsiCo é triplicar as suas vendas nessa categoria, para cerca de US$ 30 bilhões, até 2020, com as marcas Gatorade, Tropicana e Quaker. Ainda não há previsão para a chegada da Pepsi Next ao Brasil. Em 2004, a empresa tentou atuar no segmento de refrigerantes light, com a Pepsi Edge, sem sucesso.
Sob o comando de Indra Nooyi, CEO da companhia, o redirecionamento faz parte do plano traçado para 2012, que leva em consideração a alta dos custos e a estagnação da venda de bebidas na América do Norte. O cenário fez com que as ações da PepsiCo registrassem uma queda de 2% nos últimos cinco anos, ao contrário da rival Coca-Cola, cujas ações tiveram uma valorização de mais de 50%, de acordo com a Bloomberg.
A PepsiCo planeja a demissão de cerca de 8,7 mil funcionários em 30 países para gerar uma economia da ordem de US$ 1,5 bilhão até 2014. Com 22 linhas de produtos, a empresa soma uma receita líquida de mais de US$ 65 bilhões.
  • No Brasil, a fome é pelos biscoitos.
A pretensão da PepsiCo é transformar o Brasil na sua quarta operação mundial, posição hoje ocupada pela Rússia. A liderança é dos Estados Unidos, seguido do México. Para chegar à essa meta, a empresa prometeu dobrar os seus investimentos no País. Uma das investidas mais recentes foi feita no fim de 2011, no segmento de biscoitos, com a compra da goiana Mabel, operação estimada entre R$ 600 milhões e R$ 800 milhões.
Em novembro do ano passado, a PepsiCo aventou ainda a possibilidade de adquirir outra fabricante de biscoitos, a Marilan, da cidade de Marília (SP), mas a negociação parece dar sinais de enfraquecimento devido à divergências no preço da marca. A família Garla, dona da Marilan, só aceita vender a sua empresa se receber propostas acima de R$ 600 milhões, mesmo patamar envolvido na negociação da Mabel.
A PepsiCo investe num mercado cujo crescimento não passa dos 3% ao ano, o equivalente a vendas da ordem de R$ 6,8 bilhões em 2011, de acordo com a Associação Nacional das Indústrias de Biscoitos (Anib). Esse é o mesmo cenário projetado também para 2012 para o setor, que vem sendo afetado especialmente pelo aumento entre 15% e 20% nos preços da farinha e da gordura. A categoria é liderada pela M. Dias Branco (23,4%), seguida pela Nestlé (9%) e Kraft (7,3%). O quarto lugar é justamente da Marilan, que fica quase empatada com a Bauducco (6,4%), marca pertencente à Pandurata Alimentos, além da Arcor (6,3%) e Mabel (6,1%).

RedeTV vende metade da programação


RedeTV vende metade da programação

Emissora comercializa 82,5 horas/semana para igrejas, entidades, televendas e programas de marcas


A soma total de conteúdo dedicado a igrejas evangélicas, entidades, programas de televendas veiculado pela RedeTV corresponde a 49,16% de toda a programação da emissora, revela levantamento elaborado por Meio & Mensagem a partir da grade divulgada pela emissora entre os dias 17 e 23 de fevereiro. Ao todo, foram vendidas 82,5 horas durante os sete dias da semana para clientes como Igreja Internacional da Graça de Deus (missionário R.R. Soares), Nestlé, Super Papo (serviço telefônico de chat), Igreja Presbiteriana, Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo (pastor Silas Malafaia), Igreja Bola de Neve, Ultrafarma, Apeoesp, entre outros. A prática não é regulamentada e bastante controversa (leia Em Perspectiva que discute essa questão), mas garante um faturamento fixo mensal que tende a se tornar cada vez mais importante para a sobrevivência da emissora, em crise. A prática também é comum na Record, na Bandeirantes, na Rede21 (Band), CNT e TV Gazeta e se repete em afiliadas Brasil afora. 

Conteúdo próprio
De conteúdo próprio, a RedeTV mantém 29,07% para entretenimento (onde incluem-se as maiores audiências da casa, como o Pânico na TV, recente perda da emissora para a Bandeirantes, e o Superpop, Hebe, TV Fama e o Encantador de Cães); e 9,38% para jornalismo. Esportes (incluídas as transmissões de campeonatos europeus) ocupam 9,22%; programas infantis têm 2,03% e ficção e seriados têm 1,14% (veja quadro abaixo).

Sábado é o dia da semana com a grade de programação mais comprometida. Ao todo, mais de 14 horas são destinadas à veiculação de conteúdo dessas parcerias comerciais, com destaque para as igrejas, que ocupam cerca de oito horas de programação do canal. Toda a manhã de sábado é ocupada por conteúdo religioso e, após intervalo (também com conteúdo pago) entre 11h15 e meio-dia, os pastores voltam para a primeira programação da parte da tarde. 

Leia também: 

- A crítica situação da RedeTV

Storytelling já entra no conceito 2.0


Storytelling já entra no conceito 2.0


A iniciativa de contar histórias da marca se desenvolve para obter relevância junto ao público. Para isso, a narrativa precisa de um objetivo e da cultura popular

O conceito de Storytelling ainda não foi absorvido pela maioria das empresas, mas já se desenvolve para uma nova fase, trazendo desafios para as marcas. O Storytelling 2.0 foca em ser relevante, ou seja, não adianta apenas contar qualquer história. Para isso, é preciso ter um objetivo final, de preferência que cause alguma mudança na sociedade, e trazer as pessoas para o centro da narrativa, usando a emoção e uma alta dose de cultura popular.
Para a agência Os Alquimistas, que cria histórias transmídia para marcas como Coca-Cola e Petrobras, existem quatro pilares: histórias, fãs, plataformas e marcas. O objetivo é contar a narrativa de diversas maneiras em diferentes plataformas, mas com uma mensagem que perpasse todas as ações, para manter a conectividade. Portanto, é preciso que a marca conheça muito bem sua proposta, como é o caso da Coca-Cola, que já incorporou a prática a sua estratégia e colhe frutos. 
 “Todas as grandes marcas já pensam em conteúdo próprio de forma ampla e sabem que são máquinas culturais. A preocupação atual é em como ser relevante. Não queremos apenas vender o produto, mas construir a cultura e criar valor. Mais que poderosa e importante, queremos ser uma marca que faz a diferença”, diz Gian Martinez, Gerente de Excelência Criativa da Coca-ColaBrasil no Fórum Internacional ABA Petrobras de Comunicação Digital, realizado no dia 14.
Uma proposta-base
O elemento que não pode faltar na estratégia de Storytelling é o DNA da marca. “Antes de procurar uma mensagem é preciso achar a natureza social da marca. A resposta está no consumidor e principalmente na vida dele offline. É aí que se entende como a conversa pode ser relevante”, diz João Ciaco, Diretor de Publicidade e Marketing da Fiat do Brasil. “Precisamos criar diálogos que durem 365 dias, sempre renovando as histórias para criar um nível social”.
No caso da Coca-Cola, os conceitos que servem de base para todas as ações estão claros. As missões da empresa são refrescar o mundo, inspirar momentos de otimismo e felicidade, criar valor e fazer a diferença. Com o objetivo de reforçar estes pilares utilizando meios criativos, a marca busca realizar o Storytelling criando uma experiência de marca coerente.
“Hoje vivemos a evolução do Storytelling. Para chegar a este conceito é preciso que a história tenha uma continuidade, seja multifacetada, facilmente compartilhável, tenha uma imersão na vida das pessoas e mostre um engajamento”, diz Jonathan Mildenhall, Vice-Presidente Global de Marketing Estratégico e Comunicação Criativa da Coca-Cola, durante o evento.
  • Mudança social
O principal tema da narrativa da Coca-Cola é “levar felicidade para as pessoas”. A marca o traz à vida por meio do Storytelling 2.0, com algumas ações que colocam as pessoas no centro da estratégia e têm a pretensão de ocasionar mudanças em sua vidas. O conceito é uma das apostas da empresa para alcançar o objetivo de dobrar seus negócios nos próximos anos. Dentro desta meta, uma fábrica da felicidade da Coca-Cola será construída no Rio de Janeiro, em uma data ainda não divulgada.
Uma das ações de Storytelling 2.0 da marca foi realizada nas Filipinas, onde mais de 11 milhões de pessoas deixam suas famílias e saem do país para trabalhar, sem poder ver seus parentes por anos. Após detectar este fato, a companhia resolveu se comprometer a dar um presente de Natal, em 2011, e levar alguns destes trabalhadores para encontrar seus familiares. A história foi então capitalizada com um vídeo, que recebeu até agora mais de 1,1 milhão de cliques.
Outra ação social que a marca promoveu com criatividade foi no Brasil. Buscando realizar um ato de transformação, a Coca-Cola colocou um caminhão nas ruas do Rio de Janeiro, inclusive em comunidades carentes, que representava a ideia de levar felicidade. As pessoas podiam apertar um botão e ganhavam garrafas da bebida, além de bolas de futebol, pranchas de surfe e outros presentes.
  • Histórias na Copa
No Japão, a Coca-Cola também desenvolveu seu braço social após o tsunami, que deixou milhares de habitantes sem água limpa e eletricidade. Um funcionário da empresa foi chamado para dirigir um caminhão que levava água às casas dos atingidos. O resultado foi outro vídeo, mostrando o orgulho e a emoção do japonês de fazer parte desta ação da marca.
“Cada história deve ter um valor e um significado para a vida das pessoas. Depois disso, compartilhamos o resultado. A ação nas Filipinas custou bem menos que uma publicidade nos veículos de massa, mas traz um valor incrível para a marca. O que buscamos fazer é nos conectar emocionalmente com as pessoas. Isso é o que faremos na Copa de 2014, no Brasil. Esperamos contar histórias sobre os novos consumidores brasileiros, da classe C, além dos moradores das comunidades”, diz Mildenhall.
A estratégia que a Coca-Cola planeja para a Copa no Brasil deve ter alguma semelhança com a iniciativa que realizou no último evento, na África do Sul. A marca selecionou uma canção local, adicionou cinco notas para torná-la popular e criou um vídeo que mostrava celebrações de gols divertidas. Deu certo. A música Waving Flag atingiu 53 mil consumidores em todo o mundo, foi o single número 1 nas paradas de 16 países e o vídeo foi assistido mais de 80 milhões de vezes, além de ter gerado milhares de paródias e versões feitas por fãs.
A parte social ficou por conta de uma parceria com a fundação Rain, que recebeu 50% do lucro. O instituto planeja prover água limpa e saneamento básico a, ao menos, dois milhões de africanos até 2015. “Para mim, a iniciativa na África foi boa, trouxe retorno, mas não foi suficiente. Para o Brasil queremos realmente deixar um legado, verdadeiro e duradouro, e não fazer caridade”, afirma Mildenhall.
  • Cultura Pop
Outra grande ferramenta para dominar o Storytelling 2.0 é se apropriar da cultura pop. “Dialogar com a cultura pop é um caminho para construir relevância”, ressalta Leonardo Sá, Consultor de Multimeios da Petrobras. “O respeito à cultura contemporânea e à diversidade de opiniões é um trunfo. As narrativas com emoção precisam carregar o elemento do sonho, e elas emocionam porque há pessoas reais por trás”. 
A Petrobras realiza algumas ações que se conectam diretamente com as pessoas. Uma delas é o programa Compacto, que promove músicos de diversas partes do país e os reúne em encontros, registrados em vídeos. A ação foi ampliada com a participação popular, por meio de votos. 
Outro projeto de criação de conteúdo cultural é o Nós do Morro, que a empresa patrocina. O grupo foi fundado com o objetivo de levar acesso à arte e à cultura para os jovens do Morro do Vidigal, no Rio de Janeiro e hoje oferece cursos.  A Petrobras também realizou um documentário mostrando as pessoas por trás do projeto, que está no canal da marca no YouTube.
  • Cultura Urbana
Todas as empresas devem estar abertas à cultura pop para praticar o Storytelling 2.0, mas cada uma se identifica com alguma nuance dela, sempre lembrando de seu propósito de marca. No caso da Petrobras, o incentivo à cultura e à diversidade do país está no cerne de seu DNA, mas é possível se apropriar de outros elementos.
A Sprite, por exemplo, marca da Coca-Cola, tem como característica seu viés urbano. Com o objetivo de contar uma história, a empresa realizou uma ação utilizando o grafite e a ajuda dos consumidores para criar arte. O concurso cultural “Refresque suas ideias” chamou os internautas para customizar imagens com a estampa do refrigerante. Foram recebidas mais de 260 mil sugestões e, por meio de uma parceria com a Redley, a marca criou um tênis que estampa uma colagem de todas as imagens.